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A azulejaria que subsistiu no litoral de Santa Catarina, região que passou por grande expansão imobiliária nas últimas quatro décadas, é de inspiração lusitana. Foram os próprios portugueses que trouxeram o gosto pela arte estampada em azulejos que ajudaram a embelezar as ruas das cidades, criando paredes e fachadas de fundo predominantemente azul, bem ao gosto dos artífices de Lisboa.
Herança do período colonial em cidades como Salvador e Rio de Janeiro, por aqui, em vista da escala reduzida da emigração direta de Portugal, foram os açorianos que trouxeram essa arte, mas na forma de uma cerâmica vermelha, simples e sem desenhos.
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Em Florianópolis, restam poucos exemplares de sobrados com azulejo nas fachadas. As noções de estética mudaram com o tempo, e o que se vê hoje em dia são alguns prédios públicos utilizando ladrilhos e azulejos como elementos de decoração, segundo projetos de artistas plásticos e arquitetos.
Na rua Conselheiro Mafra, no centro da capital catarinense, restaram apenas vestígios de azulejos em poucos sobrados. Nas ruas Francisco Tolentino e dos Ilhéus e na praça XV de Novembro, também há resquícios dessa arte, às vezes nas paredes, outras vezes na calçada. Em edifícios, os conceitos contemporâneos de estética e decoração levaram à substituição dos motivos florais e históricos por painéis. No entanto, há ateliês de cerâmica que produzem peças exclusivas a partir de encomendas de pessoas interessadas.
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Texto: Paulo Clóvis Schmitz
Fotos: Guto Ambar