A história da Alfândega começa quando Florianópolis ainda se chamava Nossa Senhora do Desterro e termina em 1964, ano em que o porto da cidade foi desativado. O primeiro edifício erguido com fins alfandegários ficava próximo à praça XV de Novembro, marco zero da capital catarinense, e foi destruído por um incêndio em 24 de abril de 1866. O então presidente da província de Santa Catarina, Alfredo d’Escragnolle Taunay, inaugurou o novo prédio, e as atividades oficiais tiveram início em fevereiro de 1877.
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Construída em estilo neoclássico, a Alfândega contava com dois armazéns e o segmento central, que era o local de registro de cargas e descargas e das atividades burocráticas. Com o Mercado Público Municipal, situado ao lado, foi durante muitas décadas o principal ponto de comercialização da cidade, formando um conjunto que incluía também o píer e alguns trapiches utilizados por embarcações de portes distintos.
Depois de uma década sem uso, o prédio foi tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). Em 1979, depois de reformado, foi cedido ao governo do estado, que instalou ali o Museu de Arte de Santa Catarina (em caráter provisório), a sede da Associação Catarinense dos Artistas Plásticos e depois uma galeria de artesanato – esta, em funcionamento até hoje. O andar superior do edifício abriga o escritório técnico do Iphan.
Texto: Paulo Clóvis Schmitz
Fotos: Guto Ambar