O cultivo de ostras se tornou uma atividade muito lucrativa no litoral catarinense e colocou o estado na liderança do segmento, com mais de 90% da produção nacional. Originalmente, a coleta era feita por moradores da beira-mar para complementar a dieta diária. Depois, com a importação de sementes da espécie Crassostrea giga, ou ostra-do- -Pacífico, e as pesquisas realizadas pela Universidade Federal de Santa Catarina a partir da década de 1970, o cultivo cresceu, aproveitando as águas cálidas das baías e enseadas abrigadas da orla.
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Essa atividade levou ao surgimento de restaurantes especializados em ostras que oferecem o produto in natura ou gratinado, em rotas gastronômicas que têm os frutos do mar como reis do cardápio. A cadeia produtiva criou empregos atrelados ao processamento, à distribuição e à comercialização de ostras, incluindo o fornecimento para clientes de outras capitais do país. A atividade requer cuidado na seleção dos melhores locais de cultivo, na produção de sementes em laboratório, nas técnicas de manejo específicas e na atenção com a armazenagem e os aspectos sanitários. A produção de ostras em Santa Catarina é ecológica e sustentável.
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Santa Catarina também produz mexilhões, que são moluscos bivalves fixados às rochas na beira do mar. Conhecido como vôngole ou ameijoa em outras regiões brasileiras, no Sul é chamado de marisco e não tem produção em escala industrial. Os mexilhões são retirados por catadores esparsos nos costões do litoral.
Texto: Paulo Clóvis Schmitz
Fotos: Guto Ambar